O São Paulo venceu a Portuguesa por 2 a 0 neste domingo na Arena Barueri e se classificou às semifinais do Campeonato Paulista. Quem viu apenas o segundo tempo de jogo pode ter ficado achando que o resultado foi uma zebra. Depois de fazer 1 a 0 com Ilsinho Carpegiani pareceu ficar contente com o resultado e recuou completamente a equipe, que só defendeu por 25 minutos, correndo sério risco de levar o empate. No único contra-ataque, Dagoberto fez o segundo.
Nas semifinais, o São Paulo encara o Santos, que no sábado venceu a Ponte Preta por 1 a 0 na Vila Belmiro. Antes, foca a Copa do Brasil, já que na quarta-feira tem duelo decisivo contra o Goiás no Morumbi.
O JOGO - Se já tinha Alex Silva como desfalque, Paulo César Carpegiani ganhou mais um problema horas antes da partida. Lucas que havia sentido dores no adutor da coxa direita no treinamento de sábado, foi reavaliado pelo departamento médico tricolor nesta manhã e acabou cortado da partida.
Na ausência de Lucas, o treinador manteve o trio de frente que pegou o Goiás, com Ilsinho e Marlos abertos nas pontas e Dagoberto mais centralizado. Na zaga, Rodrigo Souto foi escalado como zagueiro de sobra, quase como um líbero.
A formação escolhida por Carpegiani, porém, deixou o São Paulo mais uma vez sem um homem de área, assim como já havia acontecido contra o Goiás. Os donos da casa chegavam ao ataque com facilidade, tinham muito mais posse de bola, mas pecavam ao tentar entrar na área da Portuguesa. Com características individualistas, Ilsinho, Marlos e Dagoberto davam sempre um drible a mais e desperdiçavam os ataques.
A situação acabou resolvida na 'sorte'. Rodrigo Souto sentiu dores na panturrilha e pediu para sair. Apenas com o jovem Luiz Eduardo como opção para a zaga, Carpegiani decidiu ousar e colocou o São Paulo num raro esquema com uma linha de quatro na defesa. Henrique entrou no time, que ficou com Marlos e Ilsinho flutuando por todo o campo de ataque.
E foi assim que o São Paulo conseguiu abrir o placar. Aos 40 minutos, Jean chegou à linha de fundo pela direita e cruzou na área. Encontrou Ilsinho vindo chegando como homem surpresa para marcar de cabeça e deixar os donos da casa na frente.
A vantagem no primeiro tempo poderia ter sido maior se não fossem dois pênaltis não marcados para o São Paulo. No primeiro, Rodrigo Souto subiu para cabecear e foi puxado pela camisa. Depois, Ilsinho adiantou a bola e Domingos, ao tomar sua frente, acertou uma cotovelada no são-paulino. No começo do segundo tempo, mais um erro de Aurélio Martins, que não viu Henrique ser puxado na área ao tentar pegar um rebote.
Com 11 minutos de segundo tempo, a Portuguesa não havia ainda assustado - no primeiro tempo, aliás, só chegou com dois chutes de longe. Mesmo assim, Carpegiani resolveu voltar com o esquema de três zagueiros. Tirou Marlos e colocou Luiz Eduardo em campo.
A formação, lógico, chamou a Portuguesa para o campo de ataque e minou o contragolpe são-paulino, já que ficou sem seu homem mais rápido. Aos 28 minutos, a Portuguesa quase marcou, com Luis Ricardo desviando uma cobrança de escanteio no primeiro pau. Rogério Ceni fez defesa fantástica.
Em 25 minutos, o São Paulo só se defendeu. O torcedor, lógico, não gostou e começou a chiar. No primeiro contra-ataque desde que passou a jogar com três zagueiros, conseguiu chegar ao gol. Ilsinho desceu pela direita e só rolou para o meio da área. Dagoberto pegou de primeira e fez o segundo. Na comemoração, esbravejou, cobrando que a torcida agora aplaudisse.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
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