domingo, 1 de abril de 2012

Santa Cruz supera o Náutico e assume a vice-liderança do Pernambucano

Agência Estado

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O Santa Cruz não precisou de um bom futebol para vencer o seu primeiro clássico no ano. A Cobra Coral superou o Náutico por 1 a 0, com gol de Renatinho, na tarde deste domingo, no Arruda, em um clássico em que os alvirrubros tiveram uma grande posse de bola, mas uma enorme limitação ofensiva. Os tricolores mostraram força defensiva ao segurar os 3 pontos mesmo jogando parte do segundo tempo com um jogador expulso.

A vitória -- a sétima seguida -- leva os tricolores à vice-liderança do Pernambucano Coca-Cola, agora com 41 pontos, passando o Salgueiro, que empatou com o Belo Jardim e ficou nos 40. Já o Timbu amarga o quinto jogo sem vitórias, segue sem vencer clássicos na competição, na quarta colocação, com 35 pontos, e existe risco de o técnico Waldemar Lemos sair do clube.

Os corais ficaram com um jogador a menos durante 27 minutos no segundo tempo, entre os 13 e os 40, momentos das expulsões do volante Anderson Pedra, do Santa, e de Jefferson, do Náutico.

O JOGO - O panorama pré-clássico apontava uma necessidade de vitória talvez maior por parte do Náutico, pressionado por uma sequência de resultados ruins e com diretores falando que o futuro do treinador Waldemar Lemos depende de resultados positivos. Os alvirrubros, de fato, entraram dispostos a dominar a partida, valorizando a posse de bola e tomando iniciativa. Mas, aos poucos, foi possível perceber que havia um falso domínio, que se estenderia por toda a partida.

Com a bola aos pés, os alvirrubros ficavam tocando para o lado, não passavam da intermediária e não conseguiam penetrar a defesa do Santa Cruz. Os corais se fechavam no início, mas buscaram adiantar a marcação e facilmente neutralizaram o ineficiente sistema ofensivo alvirrubro, que já tinha passado em branco nas três últimas partidas.

Em lances de ataque, havia uma certa igualdade entre as duas equipes. Entretanto, o Santa Cruz era mais perigoso porque tinha Dênis Marques e Renatinho, enquanto Siloé não conseguia concluir sequer uma jogada, insistindo na individualidade e exagerando no drible.

A igualdade no placar foi quebrada num detalhe. A predominância de Renatinho sobre Auremir. O lateral tricolor já tinha tentado um chute antes, defendido por Felipe. Mas, na segunda chance foi letal. O gol aconteceu quando Dênis Marques recebeu de Geílson, tentou um chute para o gol, que foi rebatido por Ronaldo Alves, e na sobra, inteligentemente, Dênis rolou para a esquerda, onde Renatinho apareceu completamente livre de marcação e bateu forte e no alto, de primeira. Felipe espalmou, mas não mudou a trajetória da bola, que só parou nas redes, aos 19 minutos.

As tentativas de ataque do Náutico ficaram restritas a chutes de fora da área e a jogadas de bola parada. Lenon tentou dois chutes de longe, defendidos por Tiago Cardoso. Siloé cabeceou duas vezes após cobranças de escanteio, mas mandou uma acima do gol e outra em direção ao goleiro coral.

Percebendo que Siloé abusava de erros por sempre tentar a jogada individual, o volante Derley chegou a dar uma bronca nele num lance em que o passe era a melhor opção.

Por outro lado, Dênis Marques, bem mais objetivo e perigoso, tentou uma boa jogada individual perto do fim do primeiro tempo, livrando-se de dois jogadores num espaço curto e perdendo a bola quando o terceiro chegou, justo quando viria a finalização, perto do fim do primeiro tempo. Ele também tentou uma bicicleta, mas não pegou bem, e Felipe segurou.

Mesmo não apresentando um bom futebol, o Santa Cruz terminou a etapa vencendo por 1 a 0, porque foi mais objetivo e teve a qualidade na finalização para abrir o placar.



SEGUNDO TEMPO -
Pouco mudou no início da etapa complementar. Só aos oito minutos, a primeira boa jogada ofensiva do Náutico na partida. O time saiu tocando a bola até que Eduardo Ramos cruzou da direita, um defensor tirou de cabeça e Dorielton chutou num voleio. A bola bateu num defensor dentro da pequena área e fiu afastada.

O Santa Cruz não conseguia melhorar o seu futebol no segundo tempo e continuava preso em sua defesa, com mais posse de bola do Náutico. O técnico Zé Teodoro poderia tentar alguma modificação no sistema de jogo, como a entrada do meia Natan na vaga de um dos três volantes, mas preferia manter a marcação forte.

De tanto ter de parar as jogadas do Náutico, o volante Anderson Pedra tomou o segundo cartão amarelo aos 13 minutos. Então Zé mexeu a fim de preservar a defesa: tirou Geílson e pôs o zagueiro Vágner. Pouco depois, Natan entrou na vaga do apagado Luciano Henrique.

A equipe coral se fechou, e o Náutico tinha a possibilidade de envolver o adversário. No entanto, faltava uma boa articulação ofensiva, mais movimentação, tabelas, toques curtos, triangulações para furar o bloqueio.

Aos 22, Marquinho entrou no lugar de Lenon e foi jogar como meia, buscando auxiliar Eduardo Ramos na criação. No ataque, Léo já havia entrado aos 12 minutos na vaga de Dorielton.

A esta altura, o jogo já se tinha se transformado em ataque contra defesa. Totalmente fechado, o Santa tentou mais velocidade na troca de Dênis Marques por Flávio Recife.

O Náutico chegou muito perto do empate num cabeceio de Marquinho que passou ao lado da trave, após cruzamento de Jefferson, aos 36 minutos.

Os alvirrubros seguiam tentando o empate, mas esbarrando nas suas limitações. Aos 40, um alívio para o Santa Cruz: o lateral-esquerdo alvirruro, Jefferson, foi expulso. O árbitro Sebastião Rufino Filho viu uma agressão do jogador a Natan e mostrou o vermelho direto. Ainda havia tempo, mas os corais seguiram bloqueando bem e asseguraram a sétima vitória seguida.

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