O primeiro jogo da final foi precedido por uma grande festa da torcida do Peñarol. Cerca de 58 mil uruguaios cantavam em coro nas arquibancadas, iluminados por fogos de artifício e sinalizadores, que deixaram o gramado sob espessa nuvem antes do apito inicial.
O clima de celebração era complementado pela presença de jogadores da seleção uruguaia nos camarotes, como Lugano e Forlán, eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010. O atacante estava acompanhado do seu pai Pablo, ídolo do Peñarol.
Com a bola rolando, o Santos não se intimidou com a festa da torcida e impôs seu futebol diante dos uruguaios. Valorizou a posse de bola, freando a empolgação das arquibancadas, e buscou o ataque nos primeiros instantes da partida. O primeiro chute a gol veio dos pés de Zé Eduardo, aos 4 minutos. Ele bateu fraco e rasteiro, sem dar trabalho ao goleiro Sosa.
O Peñarol respondeu aos 6, em um lance perigoso pela direita. Mas o goleiro Rafael se antecipou e foi para dividida para evitar o chute de Olivera, quase dentro da pequena área. O time uruguaio só voltaria a ameaçar o gol santista no final do primeiro tempo.
O Santos chegava ao ataque com mais frequência, apesar dos constantes erros na saída de bola, principalmente com Elano. Isolado no ataque, Zé Eduardo mal via a bola. Neymar compensava ao buscar as jogadas no meio-campo. Depois de um lance individual, o jovem atacante armou para Alex Sandro acertar forte chute, exigindo grande defesa de Sosa. Na sequência do lance, Bruno Rodrigo cabeceou no travessão.
Enquanto o meio-campo tentava se estabelecer em campo, a defesa santista garantia o domínio e a maior posse de bola. Durval e Adriano neutralizavam com propriedade as investidas uruguaias, principalmente as de Martinuccio.
O atacante, cobiçado pelo Palmeiras, desperdiçou boa oportunidade ao escorregar dentro da área, aos 22, após choque de Corujo com Alex Sandro quase em cima da linha da área. Os uruguaios pediram pênalti, mas o árbitro mandou o jogo seguir.
Os seguidos erros do Santos no meio-campo aumentaram o espaço do Peñarol na partida. Os anfitriões cresceram em campo e equilibraram o duelo nos minutos finais do primeiro tempo. Aos 44, Darío Rodríguez perdeu a melhor chance de gol dos donos da casa na etapa. Em posição legal, ele recebeu lançamento pela esquerda e, sem marcação, tentou encobrir Rafael, mas acabou mandando por cima do gol.
O início do segundo tempo repetiu os primeiros minutos da partida. O Santos foi para o ataque e quase abriu o placar, novamente com Zé Eduardo. Logo aos 3, Elano arriscou de longe, mas parou nos pés de Danilo no meio da área. A bola sobrou para o atacante, que bateu no canto e viu Sosa desviar para fora. Zé Eduardo teve outra boa chance aos 26, em cabeçada para fora, rente à trave.
A partir dos 30 minutos, o Peñarol abandonou a defesa e, empurrado pela torcida, partiu para o ataque. O Santos levou um susto e quase foi vazado. Aos 27, Martinuccio aproveitou cruzamento na pequena área e mandou em cima do goleiro Rafael. Na sequência, o próprio atacante se antecipou em jogada de Olivera, na entrada da área, e bateu para fora.
A pressão aumentou nos minutos finais e o Peñarol chegou a balançar as redes aos 40 minutos. Em posição de impedimento, Alonso mandou para gol, após cruzamento da esquerda. O árbitro, porém, anulou o lance, irritando jogadores, treinador e a torcida. Preocupado, Muricy colocou mais um zagueiro em campo para evitar mais sustos. Bruno Aguiar reforçou a defesa e ajudou a garantir o empate fora de casa.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
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