Num jogo de dois tempos distintos, o Náutico reassumiu a liderança do Campeonato Pernambucano ao vencer o Vitória por 4x2 nesta quinta-feira (10), nos Aflitos. Os alvirrubros atropelaram no primeiro tempo quando abriram 3x1. Mas no segundo, o Vitória evoluiu, chegou a encostar no placar, mas um gol de Jorge Fellipe aos 38 acabou com qualquer pretensão dos taboquitos. Agora, o timbu chegou aos 34 pontos.
Como era de se esperar, o técnico Roberto Fernandes optou por mandar o Náutico a campo com três atacantes - Bruno Meneghel, Ricardo Xavier e Kieza. Em também como era de se esperar nesse caso, o time dos Aflitos encurralou o adversário em seu campo de defesa. A tal ponto de antes que o primeiro minuto fosse completado, Ricardo Xavier protagonizou o primeiro lance polêmico. Ele foi derrubado e pediu pênalti. O árbitro marcou fora da área.
Mas o ímpeto dos donos da casa não arrefeceu. Ao contrário, só aumentou. Tanto que com dez minutos, pelo menos três boas chances de gol foram criadas. A melhor dela aconteceu aos dez minutos quando Jeff Silva fez boa jogada e cruzou. Ricardo Xavier tirou uma "casquinha" e Bruno Meneghel chegou um pouco atrasado. A bola foi para fora.
Do jeito que estava, o primeiro gol era apenas uma questão de tempo, já que o Vitória parecia nem ver a cor da bola. E o tempo foi camarada com o Náutico. Aos 19, Eduardo Ramos bateu falta na área e o zagueiro Cleiton tocou de leve, o suficiente para entrar no canto de Eduardo.
Daí em diante a velocidade e imenso volume de jogo dos donos da casa começou a materializar-se em mais gols. Apenas três minutos depois, assustados, os vitorienses atrapalharam-se. Marcelo tentou recuar para o goleiro, que não entendeu a jogada. Bruno Meneghel entendeu a lambança e apareceu rápido para tocar para o gol. A bola bateu no goleiro, bateu em Meneghel novamente e terminou nas redes.
Foram precisos mais seis minutos para o placar mudar novamente. Desta vez, com Kieza. Ele recebeu lançamento, dominou e cortou o adversário antes de soltar uma bomba e vencer o goleiro Eduardo: 3x0. O Vitória só voltou a respirar no fim da etapa quando o Náutico relaxou. Aos 43, Nando cruzou voltando e a defesa esqueceu que o zagueiro Cleiton estava na área. Ele não esqueceu que deveria fazer o gol e fez, sem apelação.
Ledo engano para quem achava que o Náutico voltaria sem um dos três atacantes no segundo tempo. O técnico Roberto Fernandes não mexeu em nada, inclusive no apetite de seus atletas. Já aos quatro minutos mais um gol poderia ter saído. Kieza cruzou da linha de fundo e Ricardo Xavier, na pequena área, chutou em cima do goleiro.
Mas a mesma pressão do primeiro tempo não se concretizou. Ao contrário, o Vitória conseguiu tocar a bola e não deixou o Náutico tão presente em seu campo defensivo. Chegou até a criar mais do que no início da etapa anterior. Foram três investidas seguidas entre os sete e 11 minutos. Nesta última, Bruno chutou cruzado e assustou.
O técnico Roberto Fernandes resolveu mexer mas manter o esquema. Tirou Ricardo Xavier e acionou Rogério, para dar mais velocidade. Porém, quem engrenou foi o Vitória e o que se desenhava uma vitória fácil para os alvirrubros começou a ganhar contornos dramáticos.
Aos 24 minutos, Nando fez grande jogada e passou por dois adversários. O terceiro era Wescley, que já estava dentro da área e derrubou o lateral. Pênalti. O próprio Nando foi para a cobrança e converteu. Na comemoração, o jogador tirou a camisa e provocou a torcida alvirrubra. Foi o bastante para os jogadores perderem a cabeça e iniciarem uma confusão. O árbitro Gilberto Castro Júnior não repreendeu como deveria e na retomada da partida os lances ríspidos tomaram conta.
O jogo ficou aberto e era preciso alguém aparecer para jogar um balde de água fria. E essa tarefa caiu nas mãos de um zagueiro. Aos 36 minutos, Eduardo Ramos bateu escanteio e Jorge Fellipe subiu mais que todo mundo para mandar a bola no canto. Foi a vez do Vitória perder a calma e o volante Edvan, expulso aos 43. Mas aí não dava tempo para nenhuma reação.
Ficha do jogo:
Náutico: Glédson; Heffner, Wescley, Jorge Fellipe e Jeff Silva; Éverton, Derley (Elicarlos) e Eduardo Ramos; Bruno Meneghel (Willian), Ricardo Xavier (Rogério) e Kieza Técnico: Roberto Fernandes.
Vitória: Eduardo; Bruno, Marcelo, Cleiton e Nando; Edvan, Da Silva, Aguimeron e Sinho (Paulo Vítor); Felipe Feitosa (Assis) e Aleandro (Robertinho). Técnico: Charles Muniz.
Local: Aflitos. Árbitro: Gilberto Jr. Assistentes: Jossemmar Diniz e Pedro Wanderley. Gols: Eduardo Ramos, aos 19; Bruno Meneghel, aos 22; Kieza, aos 28; Cleiton, aos 43 do primeiro. Nando, aos 26; Jorge Fellipe, aos 36. Cartões amarelos: Kieza, Rodrigo Heffner, Bruno Meneghel, Marcelo e Nando. Expulsão: Edvan. Público: 13.148. Renda: R$ 65.230.
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