Sabedor que a tendência seria o Salgueiro jogar bem retrancado, o técnico tricolor mandou seu time marcar mais adiantado possível nos primeiros minutos. Por isso, o artilheiro Gilberto arriscava o primeiro chute já no primeiro minuto. A pressão foi tamanha que até os oito minutos, Gilberto já havia sido alvo de três investidas dos armadores tricolores.
A melhor delas foi a última. Landu fez boa jogada pela direita e cruzou. Henrique tocou de cabeça mas, de leve, permitiu que a bola chegasse na medida para Gilberto mandar de voleio. Marcelo estava atento e mandou a escanteio. Somente após os 15 minutos é que o Salgueiro conseguiu trocar alguns passes no campo de defesa dos corais, mas sem grandes consequências.
O primeiro chute do Carcará veio aos 20 minutos. Fágner evitou a saída pela linha de fundo e rolou para Edu Chiquita. Ele cortou para o pé esquerdo e mandou por cima. Já o Santa, muito devido ao calor excessivo, reduziu um pouco a marcação sob pressão, mas sem deixar que o meio de campo adversário tivesse liberdade para raciocinar as jogadas.
O problema passou a ser o passe final, principalmente pelo lado direito, o mais explorado por conta de Landú. O jogo ficou até certo ponto estranho. O Santa tinha bem menos posse de bola. O Salgueiro, já sem a marcação mais forte, chegava até a intermediária, mas seus principais articuladores, Lismar, e principalmente Clébson, só recebiam a bola de costas para o marcador, posição em que sempre caíam em desvantagem. Num raro lance em que chegou de frente para o crime, Clébson chutou em cima de Thiago Mathias, aos 23.
O tricolor diminuiu seu ímpeto, além de obviamente cair na severa marcação do oponente. O Salgueiro recuou até mesmo seus atacantes. Com os lados do campo bem bloqueados e o time da casa sem jogadores específicos da posição, a partida ficou presa no meio. Sem a variação necessária de um lado e a falta de uma vocação ofensiva do outro, o placar não poderia terminar diferente de um 0x0.
Veio o segundo tempo e o panorama ficou mais complicado para os tricolores. Com bem menos velocidade, tanto com a bola nos pés quanto no deslocamento de seus homens de frente, o time da casa sentiu dificuldade até mesmo para finalizar de longe. As bolas cruzadas pelos lados - principalmente o direito - sumiram.
O lado esquerdo do Santa continuou sem ser acionado. O volume de jogo caiu bastante e a partida caiu junto em qualidade técnica. De seu lado, o time sertanejo também não acrescentou muita coisa, pois não conseguia aproveitar as chances que se abriam no contra-ataque. O Carcará abusava de errar passes.
Como a situação se complicava, o técnico Zé Teodoro resolveu deixar o time mais ofensivo quando o meia Weslley se machucou. O escolhido para entrar foi o atacante Rodrigo Gral. E ele estava predestinado. Numa jogada que os corais pararam de tentar, o gol saiu. Aos 26, Landú fugiu pela direita e cruzou para a área. Henrique se atrapalhou com Gilberto na hora de cortar e mandou a bola no meio da área. Gral se antecipou, dominou de peito e soltou uma bomba, sem chance de defesa para Marcelo.
Na sequência, Memo quase chega ao segundo numa linha de passe. Ele recebeu pelo lado esquerdo, entrou na área e, da marca do pênalti, mandou para fora na tentativa de tirar do goleiro. Como estava mais ofensivo, o treinador coral resolveu reforçar mais a defesa ao tirar um extenuado Gilberto para entrada do zagueiro Éverton Sena.
Mas ainda havia espaço para sair o gol que garantiria a vitória. Aos 36, Renatinho entrou na área pelo lado esquerdo e cruzou para Rodrigo Gral. Antes disso, Wendel entrou para cortar mas pegou torto na bola. Ela morreu dentro das próprias redes. À medida que o jogo chegava ao fim, ficava mais aberto e, finalmente, surgiu a grande chance de consagração do atacante Landú.
Aos 41 minutos, ele foi lançado, ganhou do marcador e avançou para o goleiro. Balançou o corpo para dribá-lo e... perdeu a jogada. A torcida entendeu o esforço de seu jogador e gritou o nome dele.
Ficha do jogo:
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Cléber Goiano, André Oliveira, Thiago Matias e Renatinho; Jeovânio, Memo, Weslley (Rodrigo Gral) e Natan (Mário Lúcio); Landú e Gilberto (Éverton Sena). Técnico: Zé Teodoro.
Salgueiro: Marcelo; Andrezinho, Eridon, Henrique e Josa (Piauí); Wendel, Lismar (Hugo Henrique), Pio e Clébson (Mazinho); Fágner e Edu Chiquita. Técnico: Neco.
Local: Arruda. Árbitro: Cláudio Mercante. Assistentes: Ubirajara Ferraz e Roberto José. Gols: Rodrigo Gral, aos 26; Wendel (contra), aos 36 do segundo tempo. Cartões amarelos: Henrique e Andrezinho. Público: 12.712. Renda: R$ 79.390.
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Cléber Goiano, André Oliveira, Thiago Matias e Renatinho; Jeovânio, Memo, Weslley (Rodrigo Gral) e Natan (Mário Lúcio); Landú e Gilberto (Éverton Sena). Técnico: Zé Teodoro.
Salgueiro: Marcelo; Andrezinho, Eridon, Henrique e Josa (Piauí); Wendel, Lismar (Hugo Henrique), Pio e Clébson (Mazinho); Fágner e Edu Chiquita. Técnico: Neco.
Local: Arruda. Árbitro: Cláudio Mercante. Assistentes: Ubirajara Ferraz e Roberto José. Gols: Rodrigo Gral, aos 26; Wendel (contra), aos 36 do segundo tempo. Cartões amarelos: Henrique e Andrezinho. Público: 12.712. Renda: R$ 79.390.
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