Por que demoraste tanto, Jabulani? Se a Adidas tivesse implementado sua tecnologia de bolas sem gomos antes, o Brasil estaria brigando pelo octocampeonato. Mais que isto: louvaria craques que ficaram história das Copas como fracassados.
Em 1950, aquele maldito chute de Ghiggia faria uma curva e passaria rente à trave. Barbosa, então, se levantaria, tiraria o pó de cal do peito e bateria o tiro de meta. Sob aplausos das quase 200 mil pessoas que lotavam o Maracanã. Ao apito final do árbitro, o goleiro seria carregado nos braços, como um dos heróis do primeiro título mundial do Brasil.
Vinte e oito anos depois, a Copa do Mundo voltava ao continente sul-americano. E lá estava a Jabulani nos gramados argentinos, esburacados pelo rigoroso inverno. Mas não foram as irregularidades no campo que ajudariam a Holanda a obter sua primeira taça. Quando a decisão estava empatada por 1x1, Resembrink acertou uma bomba na trave, segundos antes do término do tempo regulamentar. Mas com a bola mágica, a bola teria entrado. Vitória do Carrossel Holandês sobre os donos da casa.
Com a seleção brasileira já tetracampeã, os canarinhos entraram em campo em 82 como favoritos. E com Zico comandando o melhor time nacional pós-Pelé, o Brasil chegou ao penta com goleadas sobre a Alemanha (4x1 na final) e Polônia (5x0 nas semifinal). Naquele torneio, o jogo mais difícil foi no triangular equivalente às quartas, quando o time verde-amarelo bateu a Argentina por 3x1 e sofreu para superar a Itália, na prorrogação, por 3x2. No tempo normal, Paulo Rossi havia marcado dois gols e quase faz o terceiro, quando pegou rebote num escanteio e chutou a Jabulani por cima do gol de Valdir Perez. No desempate, o Galinho acertou uma bicicleta no ângulo, garantindo a classificação.
Supercampeã, a seleção brasileira chega à África do Sul brigando pelo oitavo título. E com o ex-presidente da República Zico como treinador. Ai, Jabulani...
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário